Uma das maiores preocupações, especialmente por parte da família de dependentes químicos, é como ocorrem as remoções até uma clínica de recuperação.
O ideal seria que o próprio dependente admitisse que tem uma doença e que necessita de tratamento.
No entanto, existem casos, particularmente quando a situação saiu do controle e o usuário está colocando a sua vida em risco ou a de terceiros, remoções medicas para uma clínica é uma intervenção necessária.
Se você está passando por isso ou conhece alguém, vamos explicar em detalhes como funcionam as remoções e como é feito esse resgate!
Muitas famílias que sofrem com problemas de dependência, ficam sem saber qual o momento certo de recorrer a uma internação e o que são remoções.
De uma maneira bem básica, a remoção consiste em transportar o paciente até a clínica ou instituição para realizar o tratamento.
O problema é que algumas famílias acreditam que aquilo é apenas uma fase e que vai passar ou mesmo fingem que nada está acontecendo.
Entretanto, quando existe um problema real de dependência química, não tem como “tapar o sol com a peneira”, e quanto mais retardar o tratamento, os danos podem ser irreversíveis.
Se você está passando esse tipo de situação ou conhece alguém, tenha em mente que procurar uma clínica para tratamento de dependentes químicos é a melhor solução.
Por outro lado, como foi dito, o ideal é que partisse de o próprio dependente buscar ajuda, ou seja, a internação voluntária, mas nem sempre é o que acontece.
Nesse caso, qualquer membro da família, responsável legal ou mesmo a Promotoria Pública pode solicitar a internação.
Ou seja, o traslado medico até a clínica é feito de forma involuntária, sem o consentimento do paciente.
Infelizmente, muitas famílias ainda relutam um pouco, porém, é mais do que necessário, em especial em quadros mais graves.
Portanto, é a decisão mais inteligente, visto que a vida da pessoa pode estar em risco ou a de outras pessoas à sua volta.
Para entender na prática como ocorrem as remoções, vamos explicar o que é internação involuntária ou compulsória.
A internação involuntária, de acordo com a lei 13.840 de 5 de junho de 2019, é solicitada por um membro da família ou responsável legal em caso de risco à saúde do dependente e de outros.
Esse tipo de internação exige um atestado de um médico psiquiatra e o Ministério Público precisa ser informado pela instituição, tanto na entrada quanto no momento da alta.
Nesse caso, a alta só ocorre mediante pedido da família ou responsável legal ou por recomendação médica.
As remoções para a internação involuntária devem ser solicitadas no prazo de 72 horas, e sempre informando ao Ministério Público.
Isso para descartar qualquer tipo de internação por outro motivo, por exemplo, cárcere privado.
Já a internação compulsória, que apesar de parecida com a internação involuntária, não é a mesma coisa, pois as remoções não precisam de autorização familiar.
Aqui, a internação ocorre mediante ordem judicial, e normalmente se dá quando o dependente não tem um parente para se responsabilizar, e é amparada pela lei 10.216.
Com base no laudo médico, feito por um psiquiatra, o juiz vai avaliar a necessidade de internação e então autorizar a internação.
Para que o paciente receba alta, é necessária outra decisão judicial.
Portanto, mesmo essas remoções sendo um recurso extremo, é a única maneira do dependente químico se tratar, e mesmo que exista a possibilidade de o usuário voltar a usar a droga, pelo menos se tentou.
Como já mencionado, as remoções são necessárias quando o paciente oferece risco a si próprio ou à sociedade, portanto, é a decisão mais acertada.
Geralmente, as clínicas de recuperação contam com uma equipe treinada para realizar as remoções de ambulancia, sempre visando garantir o bem-estar do paciente, preservando o sigilo e oferecendo toda a segurança.
Além disso, os profissionais, tanto da clínica de reabilitação quanto os responsáveis pelas remoções, conversam com os familiares a fim de entender um pouco o perfil do paciente, por exemplo, se é agressivo, quais drogas faz uso, a frequência…
Com base nessas informações, é possível elaborar uma estratégia para o resgate, de forma que o traslado até a clínica seja a menos traumática possível, visto que nessa hora o tratamento para dependência química se inicia.
É essencial que o paciente seja abordado com muita tranquilidade e cautela, pois isso já permite criar um elo de confiança, que é de extrema importância em seu processo de recuperação.
Nesse momento, a participação da família é crucial, e por mais traumático que possa ser, é a decisão mais acertada. Por isso, os membros familiares devem se manter firmes e perseverantes.
Como já falamos, na internação involuntária, o dependente químico não aceita o tratamento e a solicitação das remoções deve ser feita por familiares, responsável legal ou até amigos.
O pedido da internação deve ser feito a uma clínica de recuperação, e autorizada pelo médico responsável da instituição.
Depois de receber a solicitação, a clínica deve informar ao Ministério Público os motivos para a internação no período de 72 horas.
Os familiares também devem fazer uma solicitação por escrito, a qual será anexada ao pedido enviado ao Ministério Público, e assim, é possível contratar as remoções.
Já no caso da internação compulsória, é determinada por ordem judicial a partir de um pedido feito por um médico, atestando eu o dependente não tem capacidade de decisão e que sua saúde física e mental está altamente comprometida.
Agora, para autorizar as remoções, o juiz, além do laudo médico, precisa conhecer as condições da clínica, para assegurar que o dependente irá receber o tratamento adequado.
Algumas clínicas de recuperação contam com o sistema próprio de remoção, enquanto outras contratam esse serviço.
Portanto, se você é familiar ou responsável legal por um dependente químico que recusa tratamento, o primeiro passo é entrar em contato com uma clínica de reabilitação e buscar informações sobre tratamento e remoções.
No momento das remoções do dependente químico, é possível abordar o paciente de duas maneiras: remoção involuntária e descaracterizada.
O resgate involuntário é direcionado para dependentes que perderam completamente a consciência do seu estado, ou seja, não faz a mínima ideia do que está acontecendo e se nega a qualquer tipo de ajuda.
Nesse sentido, é necessária sua remoção para que seja tratado.
Na maioria das vezes, a abordagem ocorre em total discrição, com o acompanhamento de familiares, e no caso de pacientes agressivos, uma equipe de enfermeiros treinada.
Agora, as remoções descaracterizadas, como o nome já indica, os profissionais responsáveis pelo resgate não usam jalecos, o que garante discrição e sigilo.
Nesse caso, tudo deve ser muito bem pensado com antecedência, como se forjasse uma situação casual, sem que o dependente tenha conhecimento.
Hoje em dia, grande parte das clínicas de recuperação, após a solicitação da remoção, envia uma equipe ao local, a qual fará o primeiro contato com o dependente, visando conscientizá-lo do seu problema.
Isso permite ao paciente se conscientizar que necessita de ajuda e resolva voluntariamente ir até a clínica, o que tem um impacto positivo no seu tratamento.
Obviamente que existem casos extremos, em que a equipe de remoção não conseguiu convencer o dependente, mas mesmo assim, recebe treinamento para realizar a remoção com segurança e sem agredir a integridade física e psicológica do paciente.
Os profissionais que fazem as remoções dos pacientes são altamente treinados e capacitados, tendo conhecimento sobre os diferentes perfis dos pacientes.
O principal objetivo da equipe responsável pelo traslado do dependente até a clínica é a preservação do bem-estar e da saúde do paciente, de forma que não sofra nenhum dano físico.
Além de socorristas especializados e enfermeiros, muitas vezes, o médico pode estar presente durante o resgate.
Ou seja, independentemente do tipo de remoção, o paciente deve ter o acompanhamento de profissionais habilitados e experientes.
O mais importante aqui é ter em mente é que a internação é a melhor solução para ajudar um dependente químico a largar as drogas e mais do que isso, evitar consequências mais graves.
Por exemplo, alguns dependentes podem apresentar surtos psicóticos, podendo cometer atos de violência contra si mesmos ou contra pessoas próximas, onde as remoções até uma clínica é uma maneira de preservar sua vida.
Agora que você já entendeu como funcionam as remoções, quais os benefícios da internação para o dependente químico, seja ela voluntária, involuntária ou compulsória?
Se você é familiar e ainda está se perguntando se as remoções para uma clínica de recuperação são realmente necessárias, pense nisso como um ato de amor e não como uma punição!
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