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O tratamento Minnesota é o mais antigo modelo terapêutico elaborado para tratar os problemas de uso abusivo de álcool, drogas e medicamentos.
Ele foi criado nos Estados Unidos na década de 1950 e depois de expandiu por todo o mundo, inclusive o Brasil.
É um método que se adapta a diferentes culturas e a diferentes tipos de sociedade.
Para tirar todas as suas dúvidas sobre o tratamento Minnesota, continue a leitura e conheça seus diferenciais para tratar a dependência!
Entenda o que é tratamento Minnesota
O tratamento Minnesota foi criado nos anos 50 nos Estados Unidos para tratar as dependências, e depois expandido para mais de 140 países. Esse modelo é baseado em uma associação entre os tratamentos tradicionais da dependência e aquele dos Alcoólicos Anônimos, estruturado a partir dos 12 passos do programa do AA. Ele se baseia na concepção de que a dependência é uma doença “física, mental e espiritual”. Portanto, para englobar todos esses aspectos, o tratamento Minnesota foca em um programa multidisciplinar, no “crescimento espiritual” e na dignidade encontrada pelo indivíduo. Como ele é pautado na mudança de atitude e de comportamento, o modelo Minnesota é principalmente qualificado de psicoterapia cognitivo-comportamental. Hoje em dia, ele permite o tratamento terapêutico de todas as dependências, assim como as dificuldades de gestão das emoções ou dificuldades para lidar com eventos dolorosos ou traumáticos, como abusos, por exemplo.Quais os princípios do tratamento Minnesota?
Existem diferentes maneiras de definir o tratamento Minnesota, porém, vale destacar os princípios básicos do tratamento:Tratar as pessoas dependentes como pessoas doentes
Ao contrário dos modelos tradicionais de tratamento, esse método inclui uma dimensão mais humana. As pessoas consumidoras de álcool ou drogas são vistas de outra maneira: não se trata mais se puni-las, isolá-las e/ou abandoná-las nos hospitais psiquiátricos ou em prisões. O tratamento Minnesota introduz a ideia de que as pessoas dependentes merecem um tratamento digno e um acompanhamento no restabelecimento de sua doença.Tratar as pessoas dependentes com respeito
O modelo evidencia o fato de que as pessoas alcoólicas ou dependentes de drogas devem ser tratadas com respeito. Respeitar as pessoas dependentes como pessoas que têm direitos e deveres favorece os resultados do tratamento. Por outro lado, o modelo Minnesota considera que seu estado é o resultado de uma doença, o que implica que sua vontade sozinha não vai ser suficiente.Tratar as pessoas dependentes na sua globalidade
É justamente aqui que se mostra a especificidade do tratamento Minnesota, pois é uma abordagem que considera a pessoa na sua globalidade, “corpo, alma e espírito”. Para este método, assim como todo tratamento para dependência ou outras doenças associadas, leva em conta os aspectos físicos, mentais e “espirituais” do dependente. O aspecto espiritual significa principalmente porque todas as doenças com as quais o ser humano se confronta têm seus limites e sua mortalidade. Nesse sentido, as pessoas em tratamento, por exemplo, em uma clínica de recuperação sp, aprendem a necessidade de viver sua vida no plano espiritual. Isso envolve o reconhecimento de seus limites pessoais, suas vulnerabilidades e a necessidade de aceitar ajuda de outras pessoas.Qual o significado de doença no modelo Minnesota?
O modelo Minnesota dá uma atenção especial ao conceito de doença, afirmando que a dependência é uma doença crônica e progressiva. O pilar deste princípio é que as pessoas dependentes não conseguem ter controle sobre sua doença. O conceito de doença, por sua vez, pode trazer benefícios terapêuticos ao paciente, pois ao aceitar a doença, isso pode convencê-lo a seguir o tratamento e confiar nas “forças superiores”. Enfim, o tratamento Minnesota visa fazer com que as pessoas encontrem sua energia pessoal e estimulá-las a aprender a:- Ter tempo para refletir;
- Tomar decisões menos baseadas nas suas emoções, e mais sobre o estudo dos fatos;
- Que elas não são mais vítimas, e sim responsáveis pelas suas vidas;
- Escolher comportamentos e atitudes que favorecem a sobriedade.