Maconha sintética o que é

A maconha sintética, como o nome já indica, é uma droga ilícita produzida em laboratório, cujo efeito provocado é 100 vezes superior que o da maconha natural. Embora não muito usada no Brasil, é importante saber que é uma droga altamente viciante, inclusive podendo levar à morte. É essencial obter o máximo de informações sobre essa droga, e alertar o máximo possível sobre seus perigos. E é justamente isso que você vai ver aqui: o que é maconha sintética, seus efeitos e muito mais! Boa leitura!

O que é maconha sintética?

A maconha sintética é criada em laboratórios clandestinos, e misturada com outras substâncias químicas tóxicas e sem o menor controle, simulando os efeitos da maconha nos receptores cerebrais. Geralmente, é produzida sob a forma de pó para diluir na água, e depois pulverizada em ervas secas e papéis. Na verdade, não é a planta em si que é sintetizada, mas apenas seus compostos ativos. Um dos maiores problemas é que não se sabe ao certo a composição da maconha sintética, por exemplo, a concentração das substâncias ativas. Ela pode se apresentar de diferentes formas: mistura de plantas secas, incensos, pó ou até líquido para cigarros eletrônicos.

Como age a maconha sintética?

O principal composto psicoativo da maconha, o THC, é conhecido por ativar dois receptores canabinóides, o CB1 e CB2, que estão espalhados pelo corpo humano. Os pesquisadores descobriram que a maconha sintética ativa o primeiro receptor numa intensidade que a maconha natural jamais seria capaz de alcançar. Além disso, eles afirmam que, por ser quimicamente diferente do THC, a erva sintética ativaria outros receptores, além do CB1 e CB2, o que explicaria os efeitos potencialmente fatais. Alguns estudos mostram que a maconha sintética adere mais fortemente aos receptores CB1 e CB2, o que faz com que ela permaneça mais tempo no organismo. Infelizmente, é difícil prever o tempo exato porque as composições variam. O custo relativamente baixo e seus efeitos psicotrópicos mais potentes despertam a atenção dos jovens. Além disso, a maconha sintética não é detectada na urina e seu cheiro é menos persistente.

Como surgiu a maconha sintética?

Foi em 2004 que John Huffman, em colaboração com outros cientistas, começou a estudar e documentar a produção de maconhas sintéticas nos Estados Unidos. A intenção não era certamente produzir novas drogas, mas simplesmente estudar o funcionamento do sistema canabinóide endógeno no corpo. Ele não podia imaginar que suas descobertas seriam utilizadas para produzir a nova droga “Spice” alguns anos mais tarde”. Hoje em dia, existem diversos produtos transformados quimicamente que imitam os compostos ativos da maconha, geralmente borrifados em matéria vegetal seca ou papel. Em 2014, 177 princípios ativos sintéticos diferentes foram identificados, um número alarmante, se considerarmos que os efeitos da maconha sintética são ainda totalmente desconhecidos.

Quais os efeitos da maconha sintética?

A maconha sintética pode provocar os seguintes efeitos:
  • Alucinações;
  • Comportamentos agressivos;
  • Relaxamento;
  • Risos;
  • Ondas de calor;
  • Convulsões;
  • Delírios;
  • Episódios psicóticos;
  • Alterações do ritmo cardíaco;
  • Tendências suicidas.
O resultado é uma lesão cerebral importante, sobretudo levando em conta que a maioria dos consumidores são jovens em pleno crescimento. Um outro ponto é que os efeitos não têm nada a ver com aqueles obtidos a partir da maconha natural. Obviamente que os efeitos variam em função do tipo de molécula, da dose, da via de administração, da sensibilidade de cada um, além do estado mental no momento do consumo. Alguns dos sintomas podem persistir até 24 horas depois do uso, mas alguns tipos podem provocar um efeito psicoativo prolongado, muito diferente da maconha natural. É importante saber que o risco de overdose é real, já que os efeitos psicoativos da maconha sintética são muito mais potentes do que aqueles da maconha natural.

Quais os perigos da maconha sintética?

Tendo em vista que a maconha sintética é produzida a partir de diferentes compostos, é impossível saber ao certo o que pode provocar essa combinação. Um outro perigo é que não existe nenhum tipo de controle, logo, pode conter elementos altamente nocivos à saúde. Vale ressaltar que há um alto risco de overdose. Nos Estados Unidos, houve vários casos de overdose, e muitos de morte. Como já foi dito, é um produto feito em laboratórios clandestinos e misturado a outras substâncias, portanto, não tem como precisar com exatidão quais são seus compostos. Também tiveram casos de envenenamentos múltiplos em uma zona geográfica em um curto período de tempo, e em todos eles, uma substância comum: a maconha sintética. Na Rússia, em 2014, durante 2 semanas, houve mais de 600 internações de emergência por esse motivo, onde 15 delas levaram à morte. Em 2016, um evento parecido ocorreu em Nova York e em outras regiões dos Estados Unidos, que teve um impacto internacional, ficando conhecido como a “explosão dos zumbis”. Para piorar a situação, os usuários menos experientes acreditam que é um produto natural e que não correm nenhum risco. No entanto, as consequências na saúde física e mental são subestimadas. Então, se você conhecer alguém que possa estar fazendo uso dessa droga, o ideal é buscar ajuda imediatamente, preferencialmente em uma clínica de recuperação sp, visto que conta com uma equipe multidisciplinar habilitada.

Conclusão

A maconha sintética, quando interage com o corpo, não parece em nada com a maconha natural e causa efeitos secundários extremamente graves. No entanto, é impossível saber exatamente quais produtos químicos estão presentes em cada embalagem, tornando imprevisíveis seus perigos. Portanto, é uma droga que além de altamente viciante, em alguns casos pode ser letal. Daí a necessidade de identificar o quanto antes os sinais de um possível consumo, onde o tratamento precoce pode evitar muitas complicações.

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