Codependência afetiva: tudo o que você precisa saber

O principal sinal de codependência afetiva é canalizar sua energia para satisfazer as necessidades do outro, negligenciando as suas. Outros sinais são comportamentos de controle, abnegação e medo de rejeição, mas não são os únicos. Compreender o que é codependência afetiva e reconhecer os sinais no seu comportamento é o primeiro passo para estabelecer limites saudáveis e levar em conta suas próprias necessidades. Portanto, continue a leitura e saiba mais!

O que é codependência afetiva?

A codependência afetiva pode se desenvolver em um contexto de uma relação difícil, como aquela com um dependente químico ou um membro familiar com uma doença mental não tratada. É um conceito que significa que você teve que adaptar seus comportamentos para ser capaz de lidar com os impactos do problema, antes de poder participar ativamente nessa relação. Essa maneira de agir parte de um bom sentimento, de uma necessidade de ajudar o outro, no entanto, não resolve o problema. Ao contrário, a codependência afetiva pode literalmente esgotar todas as energias. Portanto, a codependência é uma maneira de se comportar nas relações onde você dá constantemente prioridade a alguém antes de você mesmo.

Quais sinais de codependência afetiva?

Separamos alguns sinais que mostram que existe uma codependência afetiva em uma determinada relação:
  • O valor pessoal do codependente é baseado quando damos prazer ao outro, mesmo quando a outra pessoa o maltrata;
  • Baixa autoestima;
  • Medo de abandono;
  • Dificuldade em dizer “não” e colocar limites;
  • A pessoa se deixa afetar pela atitude do outro, mas ama controlar o comportamento dessa pessoa;
  • Assumir responsabilidades do outro.
É importante saber que as relações codependentes têm uma tendência a ser muito unilaterais e podem se tornar abusivas. Além disso, uma pessoa que sofre de codependência, ela pode querer oferecer uma ajuda excessiva aos outros e minimizar as consequências dos seus atos. Assim, a pessoa que luta contra uma dependência pode se tornar dependente dessa ajuda. Juntas, a dependência e codependência se reforçam mutuamente, dificultando o restabelecimento das duas partes.

Um exemplo de codependência afetiva: alcoolismo

Veja um exemplo de codependência afetiva que vivenciei com meu marido alcoólico: Meu marido sofria de uma forte dependência alcoólica, e não tinha mais respeito com ele mesmo e nem para com os outros. Eu, enquanto sua esposa, cuidava dele o tempo todo. Preparava as refeições que gostava, escolhia as roupas, deixava o ambiente sempre agradável, enfim, o satisfazia nos menores desejos. E isso de manhã até à noite. Meu marido, ao invés de me agradecer, preferia deixar as coisas como estavam. Eu, até por medo dele me abandonar, continuava nesse círculo vicioso, só que precisou de uma amiga me alertar que tinha algo errado. Simplesmente porque não cuidava mais de mim e a minha vida era a do meu marido, sempre colocando ele em primeiro lugar e negligenciando minhas próprias necessidades”. Esse é um exemplo típico de codependência afetiva e quem olha de fora, fica sem entender como essa mulher ainda investe nessa relação. Por isso, é essencial estar atento a pequenos detalhes e a boa notícia é que existem tratamentos bastante eficazes para tratar esse tipo de codependência.

O que fazer no caso de uma codependência afetiva?

Se você conhece uma pessoa codependente, provavelmente o primeiro reflexo é procurar ajudá-la e tentar fazer com que ela se afaste da pessoa dependente. Mas ajudar uma pessoa codependente não funciona. No início, você se sentirá útil porque ela pediu conselho e você deu com todo prazer. A pessoa irá reconhecer o seu suporte, vai te receber de braços abertos e dizer a todo mundo o que você fez por ela. E é tudo! Você vai perceber que no final, ela não vai conseguir mudar nada e a situação permanecerá a mesma. Isso porque, uma pessoa codependente não consegue sair da relação, porque essa relação a alimenta, a faz existir, lhe permite viver. Portanto, se você já presenciou esse tipo de codependência afetiva, é bem possível ter ficado surpreso de ver como ela age. Mas a pessoa precisa tomar consciência de que é codependente, porque sozinha não vai conseguir se libertar.

Como tratar a codependência afetiva?

O tratamento da codependência afetiva pode ser feito por terapias cognitivas e comportamentais ou pela psicoterapia interpessoal. Essas abordagens visam ajudar as pessoas a estabelecer relações saudáveis, melhorar a confiança nelas e desenvolver suas capacidades de expressão e atitudes. A terapia cognitivo-comportamental ajuda as pessoas a aprender a identificar esquemas de pensamentos negativos e transformá-los em pensamentos mais construtivos e positivos. Já a psicoterapia interpessoal visa ajudar a pessoa a compreender melhor suas próprias necessidades e a desenvolver habilidades sociais. Ela pode também ajudar a curar feridas emocionais profundas e a desenvolver relações saudáveis e satisfatórias. Por fim, alguns tratamentos medicamentosos podem ser benéficos para tratar a codependência afetiva. Os antidepressivos podem aliviar os sintomas depressivos e os ansiolíticos, reduzir os sintomas de ansiedade. Entretanto, existem situações em que há total perda de controle e quando a codependência se tornou uma doença, o ideal é buscar um tratamento mais direcionado, como aquele oferecido em uma clínica de recuperação sp. Dessa forma, o codependente recebe o suporte de uma equipe multidisciplinar, de médicos, psicoterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas…

Conclusão

Em todo tipo de relação, é normal e saudável ter um certo nível de dependência em relação a outra pessoa. No entanto, se você começa a fazer muitos sacrifícios para a felicidade da outra pessoa e acaba abrindo mão da sua própria felicidade, provavelmente isso é uma codependência afetiva. A codependência provém da baixa autoestima e de uma perda de identidade, onde a pessoa sente um imenso vazio quando o outro não está mais lá!

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